11.16.2012

Isto não é um conto de fadas



Eu costumava ser daquelas garotas que acreditam no amor e no felizes para sempre. Colecionava papel de carta, minha cor predileta era rosa e tinha uma coleção de bonecas.
Sonhava com Príncipes Encantados daqueles de conto de fadas que aparecem em cavalos brancos.  Ou naquele Príncipe de filminho romântico americano que, após ter visto que havia feito uma grande besteira, viajava o mundo atrás da mocinha... E ao se reencontrarem não sabia o que dizer quando uma lágrima escorria pelo canto esquerdo do olho direito dela... A câmera dava um zoom neles, nos reflexos dourados do Sol que batiam em seus cabelos se misturando ao cheiro de Primavera que quase sentíamos batendo em nossos rostos, tamanha a realidade e veracidade que estes filmes nos passavam...
Eu sonhava...
E como sonhava...
E de tanto sonhar  o encontrei: o Amor.
Ah... O Amor... Me apaixonei de primeira vista!
Eu só tive certezas... Certeza que Amor era meu grande objetivo! Eu só queria amar, eu só sabia doar... Só me via dentro dele, e ele dentro de mim.  O nosso mundo era perfeito, não existiam motivos para que não ficássemos juntos, afinal eu o amava e ele me amava também. Que mal havia?
Eis que um dia, um não tão belo dia recebemos visita: Dores, Desamores, Desafetos, Traições, Perdões, Diz que Sim e Diz que Não. As sete anãs. Tão temidas e tão presentes em qualquer relacionamento. Nos ofereceram presentes irrecusáveis: Desejos, sorrisos, pessoas, sexos... De todos os tipos, cores, raças, cheiros, peles, histórias... Foi quando pensamos: Por que não? Pra que resistir a tentação? Já fazia tanto tempo que estávamos juntos mesmo, deixamos estar... Nós nos embebedamos com o gosto libidinoso da luxúria, nos perdemos... 
Eu estava dançando com Diz que Não, e nem havia percebido que ele estava aos beijos com Diz que Sim. E foi assim, de repente, que o Amor largou da minha mão, e eu, romântica inveterada, lhe dei razão... Disse que Amor de verdade é livre... E que detestaria ter ao meu lado alguém que não queira estar ali. 
E ele  foi embora...Levando a nossa vida naquela pequena sacola junto com a chave do meu coração.
Coração hoje, que não sabe dá asas a imaginação, só usa a razão, e que prometeu a si mesmo nunca mais se apaixonar ou acreditar em qualquer idiota que use a palavra Amor.
A-M-O-R
Ah... O Amor... 
No dicionário deveria ser sinônimo de Dor.

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FIM.


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L.W.P.
16/11/12



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