10.18.2011

Era uma vez



Ele mexeu comigo de uma maneira que nem eu consigo explicar.
É meio torto, bobo, louco, um tanto quanto inconsequente.
Olhos curiosos,  sorriso com mil dentes,  pele nem tão quente assim...
Cheiro que gruda na cama, na mente, no gosto do gozo.
O que prevalece em você anda ardendo em mim, numa vontade de se espalhar por aí.
Quero tatuar toda essa loucura em performances decadentes.
Quero despir rasgando a vergonha que nos impede.
É um exagero, e eu sinto todo o nosso absurdo rasgando dentro do peito.
Somos diferentes, fora do comum, temos fogo urgente que insiste em não cessar.
Atrevidos, famintos, desprendidos de frescuras, fascinados pela agressividade reinada pela sacanagem.
Era uma vez.
Uma, duas, três...
E só começa do zero comigo...